Foto:De Olho em Rio das Ostras |
Na ultima sexta feira,
23 antes da realização da Mesa Redonda de Debates por ocasião do II Encontro da
Cidade com a Ciência que aconteceu na Câmara Municipal de Rio das Ostras, a
Secretária de Ciências, Tecnologia e Inovação Professora Eronei Leite e a
Subsecretária Professora Nelma Ferreira receberam um grupo de alunos do curso
de Engenharia de Produção da UFF de Rio das Ostras liderado pelos Professores
Doutores: Flávio S. Machado, D.S.c; Luis Enrique Valdiviezo, REG/UFF; Ana Paula
Barbosa Sobral; Ana Isabel Azevedo Spínola Dias;Reginaldo Demarque da Rocha; Flávio Silva Machado; Ernani Viana Saraiva, pesquisador
na área de estudos organizacionais, setor da cultura, estratégia e marketing do
Instituto de Ciências e Tecnologia do Polo Universitário de Rio das Ostras da
Universidade Federal Fluminense que veio fazer um apelo público para que a
Secretária Eronei intermediasse junto ao Prefeito e as autoridades municipais,
estaduais e federais competentes para que a cidade não venha a perder o Curso
de Engenharia de Produção para o município de Petrópolis como querem alguns dos
Docentes que através de uma equipe de avaliação, que embora seja minoria Alega
não haver condições de manter o Curso no Município de Rio das Ostras e estão
dispostos a levar adiante a ideia de ceder à proposta feita pelo Prefeito de
Petrópolis.
Foto:De Olho em Rio das Ostras |
Foto:De Olho em Rio das Ostras |
De Olho em Rio conversou com o
Prefeito Sabino que destacou o encontro que teve em seu gabinete com o Reitor Roberto Salles e
em outra conversa por telefone o qual reafirmou que a Extinção do Curso de
Engenharia de Produção da unidade da UFF de Rio das Ostras estava fora de
questão.
O Prefeito Sabino lembrou ainda que o novo Prédio que a Prefeitura
entregará a UFF está em fase de acabamento e no máximo em quarenta dias estará
pronto para Acomodar o Curso.
Foto:De Olho em Rio das Ostras |
O Professor Doutor Ernani apresentou
Documentos que contradizem a afirmação do Reitor Roberto Salles, quanto à promessa
feita ao Prefeito Sabino e fez uma série de denúncias e apelou para que o
Prefeito Sabino não deixe acontecer o que seria segundo ele uma catástrofe para
o município e não se deixar levar por simples promessas do Reitor já que os
documentos enviados por ele à Secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação
Eronei Leite revelam O contrário e lembrou que no próximo o dia cinco de junho
será decidido o destino do Curso de Engenharia de Produção na unidade da UFF de
Rio das Ostras. ”Estamos na contagem regressiva”, disse ele.
O Professor Ernani Viana Saraiva é considerado um dos mais fervorosos
defensores da Manutenção do Curso de Engenharia de Produção da UFF em Rio das
Ostras.
Em conversa com a nossa reportagem o Professor Ernani declarou: “Depois
que eu vim pra cá eu abracei a causa por gostar da Universidade e ter muito
respeito por ela.”
“Um dos discursos que mais me
envolveu quando a gente chegou é que a gente tinha que brigar pra melhorar as
condições daqui, porque foi aqui que a gente escolheu e é aqui que a gente tem
que ficar e eu acreditei nesse discurso”
“Em novembro do ano passado a gente
acabou meio que atropelado por uma notícia Que surgiu no ar de que havia um
grupo de professores que já estavam se preparando para levar todo o
Departamento de Ciências e Tecnologia que compreende o Curso de Ciência da
Computação, o Curso de Engenharia de Produção e o Mestrado que é mestrado de
Ciência da Computação e Engenharia para Petrópolis e essa notícia nos causou um
tremendo mal estar.”
“Pra se ter uma ideia o nosso Curso de
Engenharia de Produção da UFF de Rio das Ostras foi o único que obteve nota
máxima de acordo com a avaliação da ENADE-Exame Nacional de Desempenho de
Estudantes em todo o estado do Rio de Janeiro. Mesmo com toda precariedade que
enfrentamos, nós ainda somos o melhor Curso de Engenharia de Produção de todo o
estado do Rio de Janeiro.”
“Agora imagine a nossa surpresa em
saber que um grupo resolveu tirar da de Rio das Ostras esse curso e levar pra
Petrópolis, o que em princípio a gente não acreditava muito e começamos a
cobrar e esse grupo estava decidido e achava que todo mundo ia querer.”
“Porque a gente tem alguns problemas
aqui e Petrópolis estava fazendo um monte de promessas e nós ficamos assim meio
atônitos, poxa a gente custa a conseguir as promessas por aqui depois de muitas
batalhas, pois tivemos uma série de problemas com a última administração
municipal, não estamos tendo com a atual administração o Que já é muito bom e
nós estamos superando os problemas e agora vamos começar do zero com outra
administração em outro lugar não faz sentido.”
“Em princípio achamos que era boataria e começamos a investigar e para a
nossa surpresa em Petrópolis que tem um Parque Tecnológico chamado Tecnópolis e
em novembro de 2012 conforme Atas das reuniões eles demonstraram o interesse de
abrir uma UFF no município só que ao invés de seguir os trâmites normais junto
ao MEC Como é de praxe eles chamaram um grupo de professores com o apoio do
Vice Reitor e agora quase Reitor porque foi eleito recentemente e da diretora
do Instituto daqui que sabiam das nossas dificuldades e fez o convite e eles
toparam.”
“Nós somos trinta professores que forma atualmente o Curso de
Engenharia, são doze professores de um departamento, Física e Matemática que
compõe o ciclo básico e dezoito de outro, do ciclo profissional. Os doze
professores do ciclo básico são todos contra a extinção do curso aqui e, dos
dezoito do outro departamento seis são contra. Somando os doze professores do
ciclo básico com os seis professores do ciclo profissional isso quer dizer que somos
dezoito contra esta mudança, ou seja nós seríamos maioria,.Só que nesse
departamento a professora Marcelle, diretora do instituto de ciência e
tecnologia, ICT, deu autonomia para eles continuarem o estudo de viabilidade
sozinhos, quer dizer dos trinta professores somente doze e eu acredito que esse
número tende a reduzir continua com a firme posição de ir e o projeto está
sendo tocado á revelia e não há argumento técnico que os demova da decisão e é isso que é
assustador”.
“A diretora Marcelle de Sá e um
grupo de professores do ICT, juntamente com o vice-reitor Sidney Mello e o
assessor para interiorização da UFF estiveram em Petrópolis reunindo-se com o
Prefeito e o Secretário de Ciências e Tecnologia do Município.”
“O grupo proponente diz que Petrópolis está
servida por tres Universidades: a UCP;
Sá Earp e Estácio, sendo que na área das
engenharias só atua a UCP no município". O que não é de todo verdade. A
UCP oferece 28 cursos de graduação, sendo 5 (cinco de engenharia) e 5
Tecnólogos na área de engenharia. Ela oferece ainda 12 cursos de pós graduação,
sendo 1 de engenharia, além de 4 mestrados e um doutorado.”
Segundo o Professor Ernani: “Outra alegação do grupo é que em matéria de
Tecnologia offshore em Petrópolis, existe onze empresas instaladas (um
fabricante e dez prestadores de serviços) e na vizinha Duque de Caxias são
outras trinta e quatro indústrias (um fabricante e trinta e tres prestadores de
serviços além de uma refinaria”
"Fiz uma pequena pesquisa em Macaé e Rio das Ostras e encontrei 145
empresas, encabeçadas pela Petrobrás”.
“A minha preocupação é que este é um grupo que sabe destes dados, na
verdade e, mesmo assim, pretende tentar levar o projeto até o fim. Estou
preparando uma contra proposta para apresentar na reunião do dia 05 de junho
próximo que será decisiva. Estamos solicitando que a reunião se dê no auditório
para termos a participação dos alunos” Finalizou o Professor doutor Ernani.
Nós ouvimos o aluno Curso de Engenharia de Produção Lucas Gomes Barbieri
da UFF que fez um apelo as autoridades para que o curso não venha ser extinto
em Rio das Ostras:
“Eu enxergo isso que está acontecendo um erro assim muito grande e não
vejo sentido nenhum em acabar com o curso aqui de Rio das Ostras, acho que esse
curso deveria Se desenvolver mais deveria ter mais investimento aqui porque a
gente está num lugar Privilegiado onde temos por volta de duzentas empresas pra
gente estagiar e desenvolver as nossas habilidades e o curso está pra fechar,
não pode acabar desse jeito”
“Que vai ficar aqui vai ficar abandonado, se os investimentos são
difíceis hoje imaginem quando não tiver mais alunos entrando aí é que não vai
ter investimento também.”
“Então se querem abrir um curso em outro lugar podem abrir em todas as
cidades mas esse aqui não tem nenhum cabimento fechar, já começou agora tem que
haver Investimento, tem que melhorar, até mesmo porque a cidade necessita e não
gostaria que o curso saísse daqui, porque é uma porta de trabalho muito
grande um curso desse nessa região no
lugar que a gente está.”
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